terça-feira, janeiro 30, 2007

Na opinião de...

Há que pensar a campanha que aí está e que promete ainda maior dramatização no que respeita ao referendo sobre o aborto. Devo dizer, desde já, que considero todo este frenesim uma das manobras mais bem orquestradas de desvio da atenção das questões essenciais que avassalam o País e a governação.
Durante três meses tornou-se pouco relevante qualquer questão estratégica e o palco foi dado a um epifenómeno que, sendo uma questão dos nossos dias, bem poderia ter outra decisão. O problema é tão simples quanto isto.
Se o PS é a favor da despenalização, se o primeiro- -ministro leva esta questão a sério, e tenho fortes dúvidas de que a leve mesmo a sério, teria bastado que a Assembleia da República votasse a despenalização e o caso estava arrumado. Tendo em conta que os partidários do ‘sim’ afirmam que o ‘sim’ é a tolerância para fazer, ou não fazer, uma prática abortiva, maior espaço de manobra teria a maioria socialista para despachar com a sua maioria absoluta uma decisão que, por esta forma, vai custar milhões ao País na medida que, em termos formais, a realização de um referendo obriga à mesma mobilização de meios de qualquer acto eleitoral.
Chegados aqui, voltemos ao princípio. Então se o primeiro-ministro quer efectivamente a despenalização, se o PS quer a despenalização, se a maioria absoluta confere legitimidade para tudo e mais alguma coisa, que raio de razão leva o poder a propor um referendo sobre esta matéria? O argumento mais hipócrita é de que esta decisão é do foro individual e excede a competência dos partidos. Mas não foi sempre? Quer agora quer depois, caso vença o ‘sim’? É tão do foro individual como qualquer outra decisão que parta do cidadão para o exterior, como fazer um empréstimo para comprar uma casa, fazer sexo, comer, dormir, trabalhar.
Soube-se esta semana que o Banco de Portugal já vendeu metade das suas reservas de ouro. Sabe-se que as grandes empresas continuam a deslocalizar-se para os antigos países socialistas e que o desemprego se mantém a níveis astronómicos. O fecho de escolas continua implacável, as maternidades é aquilo que se viu, a Segurança Social ameaça cada vez mais os futuros reformados. Quanto à reforma administrativa estamos conversados e as medidas anunciadas do Simplex não passam de meras aspirinas para doença grave.
Dois anos após as eleições e algumas operações de cosmética financeira, aquilo que o Governo tem mais à mão para que ninguém se recorde da grave crise que nos afecta é a ideia de um referendo. É conveniente e, simultaneamente, revela medo. Conveniente porque o pagode está entretido em intermináveis discussões sem nenhum argumento novo em relação à discussão de há oito anos, medo porque se o empenho do PS neste problema fosse sério resolvê-lo-ia através do mandato absoluto que o povo lhe entregou. Não é um referendo. É apenas um longo intervalo nas expectativas geradas pelo poder absoluto que nos governa.
Francisco Moita Flores, Docente Universitário

Esta é a pergunta..

«Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?»
Temos duas semaninhas para meditar bem sobre ela e decidir, em consciência, qual o sentido do nosso voto: Sim ou Não...
Participa neste inquèrito promovido pelo semanário SOL:

segunda-feira, janeiro 29, 2007

Nova vaga no futebol europeu...

“Eu serei um servidor apaixonado e sem preconceitos do futebol que todos nós amamos. Trabalharemos em conjunto para o desenvolvermos, tomando conta dele não apenas de modo a manter a sua tradição, mas, também e mais importante do que isso, para enriquecê-lo. Desde as camadas jovens à elite, da base até ao topo, há ainda muita coisa a fazer, aperfeiçoar e consolidar”.

A propósito dos Grandes Portugueses...

segunda-feira, janeiro 22, 2007

O aborto, a angústia e os direitos

Nos debates sobre o aborto, os argumentos invocados são uma multiplicidade impressionante. Fala-se de tribunais e maternidades, clínicas espanholas e classes sociais, prisões, embriões, semanas, impostos e decretos-leis. No meio de assuntos tão variados, apresentados de forma tão intensa, é fácil perder de vista o essencial.
Ninguém duvida que a questão do aborto cruza problemas distintos.
Mas ele nasce de um dilema muito simples, e muito doloroso, situado no seu núcleo essencial. É esse dilema que gera a enorme dificuldade da questão e motiva o debate tão decisivo e apaixonado. Todos os outros aspectos e pormenores perdem o valor perante esta dualidade elementar.
Na questão do aborto voluntário verifica-se a contraposição entre dois valores básicos e fundamentais: o direito à liberdade da mãe e o direito à vida do embrião. Aliás, os próprios movimentos que se opõem manifestam isto mesmo, ao denominarem-se respectivamente "pela escolha" e "pela vida". Assim, a resposta à pergunta do referendo apresenta-se de forma cortante. Quem acha que a liberdade da mulher para determinar a sua vida e o seu corpo é essencial deve votar "sim". Quem pensa que o direito à vida do embrião é dominante deve votar "não".
Ninguém duvida que cada um destes direitos representa algo de essencial na dignidade humana. O específico no debate do aborto é que cada um deles, sendo fundamental, se opõe ao outro que é igualmente fundamental. Assim, de certa maneira, ao defender um se está implicitamente a menosprezar o outro. Isto é que torna a questão tão angustiante. A sua dificuldade vem precisamente deste custo: secundarizar e diminuir algo de vital ao proclamar um aspecto também vital.
Ter consciência deste custo ajuda, não só a ver a importância da questão, mas também a entender e, talvez, a respeitar os adversários. Eles lutam por um valor que não podemos deixar de reconhecer. Percebe-se também que, dada a dificuldade do dilema, tanta gente procure escamotear a questão levando-a para campos acessórios.
Mas a verdade irredutível é que o problema mantém sempre toda a sua dolorosa acuidade: dois direitos básicos opõem-se quando uma mulher contempla abortar o filho que gerou. Todos os outros elementos e argumentos, dos traumas pós-aborto aos riscos para a saúde pública, das razões sócio-económicas à constitucionalidade da lei, só ganham significado na solução deste dilema central. Que interessa o défice do orçamento perante os riscos da liberdade individual? Que significam os inconvenientes pessoais face a uma vida humana em risco?
Mas, como vimos, o peso de cada um desses valores mede-se no confronto com o outro. Essa é a gritante dificuldade. Quem vota "sim" tem de estar preparado para levar a sua defesa da liberdade da mulher a ponto de se sobrepor à vida do filho em gestação. Deve votar "não" quem acha que a vida do embrião tem um valor tão grande que chega para sacrificar a liberdade da sua mãe em definir o seu futuro num momento tão doloroso. Um "sim" está pronto a destruir uma vida e um "não" prepara-se para restringir uma liberdade pessoal fundamental. Este é o profundo dramatismo do dilema. Não há volta a dar-lhe: é preciso escolher uma resposta e ela, qualquer que seja, tem sempre implicações terríveis.
Não admira também que tanta gente opte pela abstenção. Mas a fuga nada resolve e o dilema mantém-se mesmo para os que não olham. Por outro lado, quem diz que a lei deve deixar uma questão tão importante à decisão de cada um abre involuntariamente a porta a potenciais atrocidades. No fundo, os primeiros votam "não" sem querer, pois a abstenção favorece o quadro vigente, enquanto os segundos ambiguamente concordam com o "sim", e ambos de forma passiva. Nunca se esqueça de que o regime nazi se afirmou perante a abstenção de uns e a demissão de outros.
Este é o dilema elementar do referendo. Mas existe um detalhe que rompe o paralelismo: os dois lados não se colocam igualmente perante estes termos. Os defensores do "não" assumem o sofrimento das mães, criando muitas instituições para o aliviar, enquanto os do "sim" costumam escamotear a vida do embrião. Isto só por si revela um facto indesmentível: postos francamente em confronto, o valor da vida sobrepõe-se naturalmente ao da liberdade. Sem liberdade a vida resiste, mas sem vida não há nada. Essa é a razão por que em todas as civilizações da História o aborto provocado foi em geral sempre repudiado.

João César das Neves
Professor universitário
naohaalmocosgratis@fcee.ucp.pt

Sobre o referendo...

Uma sondagem para a SIC, o Expresso e a Renascença, cujos principais resultados vamos divulgar no Jornal da Noite de hoje, aponta para o esperado: os eleitores portugueses não estão mobilizados para participar no referendo sobre a despenalização do aborto e há um risco real de a participação ficar aquém dos 50% necessários para tornar o resultado do referendo vinculativo.
A sondagem tem poucas surpresas, confirmado que o Norte é pelo não, o Sul pelo sim, que os meios rurais estão pela manutenção do actual regime legal e os eleitores urbanos optam pela mudança. Mas há um dado que dá que pensar: as mulheres estão em maioria entre os defensores do sim, os homens são quem mais pesa entre os adeptos do não.
Os resultados desta sondagem - os esperados e os mais surpreendentes - parecem indicar que a convocação do referendo foi um erro, porque o debate está transformado num esgrimir de dogmas, e não numa discussão aberta de ideias baseadas em princípios científicos. Dir-se-á - e com razão - que retirar o poder de decidir aos iluminados e dá-lo ao povo é a essência da democracia e que um referendo é a sua expressão máxima.
Pena é que este referendo não tenha sido convocado como uma afirmação democrática, mas antes como um gesto digno de Pilatos, deixando para os outros decisões que o Governo tinha mandato para assumir. Resta-nos agora esperar - e contribuir para - que esta pseudo manifestação de crença na democracia não se transforme num rude golpe para a própria democracia.
Onde ficará a credibilidade do regime se, pelo segunda vez consecutiva, um referendo não tiver o grau de participação necessário para que se torne vinculativo?
Paulo Camacho
Jornal da Noite

Não devia ser assim... pois não?!

A menos de um mês da realização do referendo nacional sobre o aborto, a abstenção e o número de indecisos continuam a subir a passos largos.
De acordo com uma sondagem CM/Aximage, realizada entre os dias 16 e 18 de Janeiro, a abstenção atingiu os 45 por cento, enquanto o número de votantes caiu para os 55 por cento. Uma tendência que a manter-se poderá ameaçar o referendo, já que se participarem menos de metade dos eleitores o resultado eleitoral perde a validade jurídica. E se a maioria dos abstencionistas (56,2 por cento) é jovem, a maioria dos indecisos (22,2 por cento) tem idades entre os 30 e os 44 anos. Nesta consulta popular o ‘sim’ mantém a vitória no referendo com 55,6 por cento das intenções de votos, embora apresente uma redução de 1,4 pontos percentuais. O mesmo acontece com o ‘não’, que perde 5,1 pontos percentuais, recolhendo ape- nas 29,8 por cento das intenções de voto. Apesar de o aborto ser um tema fracturante na sociedade, o ‘sim’ e o ‘não’ parecem estar, segundo a sondagem, a perder votos para os abstencionistas e indecisos. Mas caso o ‘sim’ vença com menos de 50 por cento dos votantes registados, ou seja, sem um resultado vinculativo, o PS já apontou uma solução: a via legislativa.
Não devia ser assim, pois não?! Há medida que a campanha fosse avançando deveria haver menos indecisos e menos abstenções, ou não?!

Quando é que levamos isto a sério?!

O mar galgou uma esplanada nas dunas da Costa da Caparica esta madrugada. A estrutura estava em risco desde Dezembro e não resistiu à maré-cheia.
Eram 5h00 quando o mar galgou a esplanada do "Bar do Búzio", deixando no local apenas a zona coberta. Desde 10 de Dezembro que o INAG reforça o cordão dunar nas praias do Norte, na Costa da Caparica, para reduzir os efeitos das fortes marés. in Sic
As dunas da parte norte da Costa de Caparica já começaram a ser destruídas pela força do mar. Aquecimento global é o responsável.
Cientistas divulgam hoje, no Instituto Superior Técnico, em Lisboa, estimativas climáticas que indiciam um agravamento de catástrofes como cheias e secas em Portugal. A água em excesso – ou a falta dela, conforme os casos – surge assim como a mais séria ameaça para o nosso país em resultado das alterações climáticas existentes. Os cientistas acreditam que o clima está a mudar devido ao aquecimento global provocado pela poluição. in CM

Treinador do Benfica diz que não o apanham noutra

Uma coisa ficou certa: tão depressa não apanham o treinador do Benfica num debate sobre o aborto. Fernando Santos, convidado do Clube de Psicologia do ISLA - Leiria para defender o “não” no referendo sobre a despenalização da interrupção voluntária da gravidez (IVG), esperava “respeito pelas convicções e liberdade individual, que é do que se fazem as democracias. A agressão não leva a algum lado. Não volto a cair noutra”.
A troca de ideias foi tão acalorada entre convidados e entre estes e o público que a directora do ISLA - Leiria, Gorette Gaio, teve até de dar o que chamou “lição de moral”: “Não é agredindo-nos mutuamente que havemos de chegar a uma conclusão”. in RL

Dados preocupantes da nossa sociedade...

Os números são alarmantes. Nos primeiros anos deste século, os casos de suicídio duplicaram em Portugal. De uma média de 500 a 550 ocorrências registadas nos finais dos anos 90, passou-se para cerca de 1100, em 2003. O estilo de vida actual, que tem conduzido ao aumento do número de doentes do foro psiquiátrico, é apontado como a principal causa deste crescimento. No distrito de Leiria, nos últimos dois anos, houve 90 suicídios, 63 dos quais vitimaram homens. Ver notícia
Noutro campo igualmente preocupante, de acordo com os dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV), a cada três dias um idoso é vítima de maus-tratos em Portugal e, apenas no ano passado, as queixas aumentaram em mais de 50 por cento.
Em Pombal o cenário não é diferente. O Gabinete de Apoio ao Cidadão Vítima de Violência, sedeado nos claustros da Câmara Municipal de Pombal, também registou, em 2006, um aumento no número de casos de violência contra idosos. Ver notícia

Vamos ver no que dá...

A senadora democrata Hillary Rodham Clinton anunciou a sua muito esperada candidatura à Casa Branca. “Estou na corrida e estou nela para ganhar”, afirmou, numa declaração inserida no seu ‘site’ oficial da internet. A mulher do antigo presidente Bill Clinton declara assim a sua pretensão de tornar-se a primeira mulher presidente dos EUA, um dia depois de o rival democrata Barack Obama oficializar também a candidatura, tentando, por seu lado, ser o primeiro presidente negro do país mais poderoso do Mundo.
Hillary Clinton antecipou-se aos restantes candidatos e já está no terreno a tentar ganhar votos para em 2008 entrar na Casa Branca.

Um ano de Cavaco em Belém

O ex-primeiro-ministro completa esta segunda-feira um ano sobre a vitória, logo à primeira volta, nas eleições para Presidente da República, tornando-se no primeiro chefe de Estado a chegar a Belém apenas com o apoio de forças políticas do centro-direita. Ver notícia.

Sir, Winston Churchill, Janeiro 24, 1965

30 NOVEMBRO 1874 WOODSTOCK, OXFORDSHIRE — 24 JANEIRO 1965 LONDRES

quinta-feira, janeiro 18, 2007

A aposta na Juventude

Assim seja...

Nos termos do que está inscrito no Portal da Juventude e «segundo as palavras do Primeiro-Ministro, a 1ª Prioridade do QREN passa por "preparar os jovens para o futuro e modernizar o nosso ensino".Das 10 prioridades elencadas pelo Primeiro-Ministro, a juventude surge como a prioridade, nomeadamente ao nível da reforma da educação e da aposta na formação profissional dos jovens, possibilitando que 'metade dos jovens tenham a oportunidade de frequentar um curso profissionalizante ou tecnológico'.

"As vias profissionalizantes são um bom instrumento de combate ao abandono escolar e ao desemprego juvenil. Porque os jovens ganham preparação para trabalhar mas também para continuarem a estudar. Porque a diversificação das ofertas de formação é a única forma de lidar com a diversidade dos grupos juvenis", referiu o Primeiro-Ministro

"A requalificação do nosso parque escolar" também foi apontada como uma das prioridades do novo QREN.»

terça-feira, janeiro 16, 2007

Infelizmente é assim... Previsão do Governo para a inflação revelou o maior erro desde 2002 (ver notícia)

segunda-feira, janeiro 15, 2007

Associação de Estudantes da Secundária de Pombal promove festa de beneficiência

Pode ler-se no sítio da discoteca:
"Noite de angariação de fundos para as vítimas das cheias em Pombal. A Palace Kiay entrega o seu espaço para causas sociais. A Associação de Estudantes de Pombal organiza o evento."
Esta é uma iniciativa igualmente de louvar, ainda para mais vindo da juventude que vai mostrando aos mais velhos que é preciso agir em prol daqueles que depositaram neles a sua confiança. É bom que não nos esqueçamos daquele fatídico dia que a muitos tudo levou...
E porque é para ajudar (só por isso eheh) na próxima sexta-feira, dia 19, todos os caminhos devem ir dar à Kiay.

Esta semana: Jota reúne-se em Leiria...

A Comissão Política Nacional vai realizar no dia 20 de Janeiro de 2007, na Cidade de Leiria, no Auditório Poente do Estádio Municipal de Leiria, uma Reunião Nacional de Presidentes e Secretários Gerais de Comissões Políticas Distritais e de Secções.

Pombal passa a ter universidade sénior

No dia em que o Arquivo Municipal abre as suas portas ao público, é inaugurada a Universidade Sénior de Pombal porque o saber não tem idade. A iniciativa é coordenada pela Associação de Pensionistas, Reformados e Aposentados de Pombal (APRAP), e as aulas terão lugar na ETAP, através de professores voluntários.
Entre as disciplinas à escolha estão inglês, informática, cultura e cidadania, além de uma oficina de artes.
As aulas deverão decorrer às terças e quintas, à tarde, e o transporte dos alunos deverá ser assegurado pela ETAP. Os associados da Universidade Sénior são a APRAP, ETAP, Junta de Freguesia de Pombal, Câmara Municipal de Pombal, Associação Nacional de Professores e Lions Clube Marquês de Pombal.
A cerimónia de inauguração decorre pelas 18 horas de segunda-feira, na ETAP. A ocasião servirá para igualmente para a apresentação do Plano de Formação da Escola de Pais e inauguração do Centro de Novas oportunidades da ETAP.

Nova Distrital de Leiria do PSD

Fernando Marques quer mais diálogo com a sociedade civil
O reforço do diálogo com as instituições da sociedade civil da região de Leiria foi o principal compromisso assumido pelo novo líder distrital do PSD Fernando Marques, minutos depois de ter sido eleito.
Em declarações à Agência Lusa, Fernando Marques, que é também autarca de Ansião, explicou que o objectivo do seu mandato é "reforçar a ligação do partido à sociedade civil", promovendo debates e parcerias com instituições para encontrar as melhores soluções para a região. "O partido tem de estar aberto às ideias" e deve "promover o debate" fora dos militantes para que as suas propostas políticas reflictam "soluções concretas" para o futuro da região, defendeu Fernando Marques. Para os próximos dois anos não estão previstas eleições pelo que a nova direcção distrital do partido quer "manter a qualidade de trabalho" dos sociais -democratas num distrito que vota maioritariamente à direita. "Somos líderes e temos a maioria das Câmaras" pelo que "temos de manter esta tradição", sustentou Fernando Marques, que criticou a falta de investimentos do Governo na região. "Temos de denunciar essa falta de investimento" que "tem sido muito prejudicial" ao desenvolvimento da região e das autarquias, sustentou Fernando Marques. Nas eleições de sábado (dia 13) à noite, participaram mais de 900 militantes e destes 872 votaram na lista única liderada por Fernando Marques para a Comissão Polític a. Para o Conselho de Jurisdição o primeiro da lista é Lalando Ribeiro (de Caldas da Rainha) enquanto que para a Mesa de Militantes foi eleito como presidente Gonçalves Sapinho (presidente da Câmara de Alcobaça). in Notícias do Centro

Carlos Sousa "perde" co-piloto

Segundo o CM, a história passou-se assim: na passagem pelas dunas, o VW Race Touareg do piloto português ficou atascado. Quando a equipa conseguiu libertá-lo, Andreas Schulz quis recuperar as placas que os pilotos utilizam para colocar debaixo das rodas, mas para evitar voltar a ficar preso na areia, Carlos Sousa fez o mesmo que a maioria dos pilotos faz: arrancou à procura de terreno firme para parar. O problema é que uma tempestade de areia dificultava a visibilidade e o navegador alemão deixou de ver o VW. “Só uma hora e tal depois é que conseguimos encontrá-lo”, disse Sousa. A versão de que Sousa teria abandonado Schultz por alegado desentendimento, difundida pelo ‘site’ do Dacar (que mais tarde retirou a notícia), foi bombástica mas não teve nada a ver com a realidade. A notícia surgiu porque quando Schulz seguia a pé passou por um carro de uma equipa televisiva e perguntou se tinham visto passar o carro 313. Responderam-lhe que não, e ele prosseguiu. No ar, um helicóptero viu alguém a caminhar no deserto e perguntou à equipa de televisão quem era. A resposta terá sido simples: Schulz, que o Sousa abandonou no meio do deserto.

A Índia em visita

A visita de Estado à Índia promovida pelo presidente da República a convite do Chefe do Estado indiano, Avul Pakir Jainulabdeen Abdul Kalam, está ter um forte impacto e é recheada de boas novidades.
Além dos encontros políticos e da assinatura de diversos acordos entre os dois países, a visita inclui uma forte componente económica e empresarial, com seminários económicos e encontros de negócios nas quatro cidades visitadas - Nova Delhi, Goa, Mumbai e Bangalore.
Há que destacar o acompanhamento da visita por intermédio do sítio da Presidência da República. Aqui temos acesso a algns documentos interessantes sobre a realidade da Índia; podemos acompanhar a visita através de uma agenda e de um diário que nos dão conta dos passos dados em solo indiano; temos uma importante inovação relativa à criação de uma secção destinada a podcasts e vídeos entre outras informações relevantes.
O doutormanento honoris causa concedido a Cavco silva, cujo processo pode ser melhor percebido aqui, não deixa de ser um marco importante.
esperemos agora que esta nova vaga criada com o potencial desta visita seja devidamente consolidade e aproveitada (parte a parte) em diversos domínios tais como o estreitamento das relações económicas e culturais, dando primazia à difusão da Língua Portuguesa.

Instalação dos B@M nas freguesias concluída

Já se encontra concluído o processo de instalação de Balcões de Atendimento Municipal (B@M) nas sedes de Freguesia do concelho de Pombal.
Desta forma, as 17 freguesias estão contempladas com uma moderna ferramenta que permite um conjunto alargado de operações. Só durante o ano de 2006, efectuaram-se cerca de 1000 transacções através dos B@M.
No decorrer de 2007, está prevista a disponibilização de três novos requerimentos on-line, na área das Obras Particulares, bem como a disponibilização de Sistemas de Informação Geográfica, Consulta de PDM e Impressão de Plantas de Localização.
O B@M é uma ferramenta que permite a prestação de serviços municipais nos balcões das Freguesias, evitando assim que os munícipes se desloquem ao Município para satisfazer as suas pretensões. Este é um novo conceito de prestação de serviços, com o qual esperamos contribuir para melhorar a qualidade na prestação dos serviços públicos.
Através do B@M, os munícipes dispõem das seguintes funcionalidades:
- Requerimentos, que vão desde a Vistoria de Veículo, ao Horário de Funcionamento de estabelecimentos comerciais; Licença de Condução e Registo de ciclomotores; Ocupação de via pública; Novos contratos de água ou Averbamentos de contratos de água.
- Consultas: Consulta de processos de obras particulares; Consulta e pagamentos de facturas de água; Reclamações;
- Requerimentos de ramais de água e saneamento.
É de salientar a conclusão deste projecto inovador que tantas vantagens traz para o cidadão na sua ligação com os serviços municipais. Agora, em todas as 17 freguesias do concelho existe, com a simples distância de um clique, mais rapidez e maior facilidade de acesso aos diversos serviços prestados pelo Municipio e pelas respectivas Juntas. Um passo em frente numa das áreas em destaque do nosso burgo.

Parabéns Obikwelu

Atleta Europeu de 2006 (ver notícia)

sexta-feira, janeiro 12, 2007

Um atitude de louvar...

"Companhia de teatro ajuda a minorar os prejuízos provocados pelas cheias de Outubro"
A Companhia de Teatro de Tozé Martinho, num gesto humanitário e inovador, decidiu que a receita de bilheteira da comédia «Uma Cama para Sete», do próximo domingo, dia 14, reverta a favor do Município de Pombal para minorar os prejuízos provocados pelas cheias de Outubro passado.
«Uma Cama para Sete» sobre ao palco do Teatro-Cine de Pombal, no próximo dia 14, pelas 16h00. No dia 13, sábado, a peça sobe à cena pelas 21h30. Os bilhetes custam cinco euros. Reservas e mais informações pelo telefone 236 210 540.
Sítio do Municipio

Sugestões de fim-de-semana...

I GALA CARLOS ALBERTO MOTA PINTO
12 de JANEIRO DE 2007


A Junta de Freguesia de Pombal criou o Prémio Académico Carlos Alberto da Mota Pinto, que visa premiar trabalhos académicos que tenham por objecto de estudo Pombal, elaborados por estudantes do ensino superior naturias ou residentes no Concelho de Pombal.
O conhecido professor de Coimbra, que chegou a liderar o governo, nasceu em Pombal, cidade que agora lhe presta homenagem com a criação de um prémio com o seu nome.
Se Mota Pinto fosse vivo teria feito no dia 25 de Julho de 2006, 70 anos de idade. Primeiro-ministro na época conturbada de 78/79, o professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), chegou a ser também ministro – com a pasta do Comércio e Turismo no I Governo Constitucional e da Defesa no IX Governo Constitucional –, tal como presidente da Comissão Política Nacional do PPD/PSD.
Também com uma carreira universitária fulgurante, foi homenageado em Pombal, sua terra de origem, com a criação do Prémio Académico Carlos Alberto Mota Pinto, que pretende distinguir trabalhos de estudantes do ensino superior naturais ou residentes na cidade. A iniciativa é da Junta de Freguesia de Pombal. A distinção será atribuída de dois em dois anos.
A I GALA irá realizar-se no próximo dia 12 de Janeiro, pelas 21h30 no Teatro Cine de Pombal com actuações do Coro Municipal do Marquês, do grupo de fados de Coimbra "Saudade Coimbrã" e da tuna Académica "Invinovéritas".
Foram entregues quatro trabalhos que serão devidamente analisados pelo jurí constituído.
O valor pecuniário dos prémios será de € 750,00, € 500,00 e € 250,00.

Acarinhe esta iniciativa da Junta de Freguesia com a sua presença.
A entrada é livre.
TEATRO
«Uma Cama para Sete»
Dias 13 e 14, pelas 21h30
Teatro-Cine de Pombal
A Companhia de Teatro de Tozé Martinho leva à cena a comédia «Uma Cama para Sete» no Teatro-Cine de Pombal, com duas representações. «Uma Cama Para Sete» trata-se de uma comédia recheada de acontecimentos hilariantes que se interligam e provocam o riso. O espectáculo conta com a autoria de Jean Letraz, com encenação de Luís Zagallo, e os actores Tozé Martinho, Luís Zagallo, Cecília Guimarães, Beluxa Menezes, Rita Guedes, Daniel Garcia e Patrícia Tribo.
Em "Uma cama para sete" tudo começa com o estratagema de Carlos que, apaixonado perdidamente por Elsa, combina com o seu amigo Maurício, para se infiltrar em casa dela com o fim de a conquistar. Surpreendentemente é recebido de braços abertos pelo seu marido, Gastão, que inesperadamente recebe também a visita da sua amante, Clara. Elsa, por sua vez, recebe a visita da sua amiga Helena. A confusão aumenta com a chegada da Tia Amélia que vem à procura de Helena...
“Final feliz” é uma expressão que se cumpre na história e “Cenas do próximo capítulo” é o que a maleabilidade desta mesma história permitiria e que o público, sem dúvida, agradeceria: voltar a ver Carlos, que não é senão Maurício a dizer à senhora para não esticar “o bracinho” quando lhe dá qualquer ordem; ouvir o riso de Maurício, que não é senão Carlos, no seu jeito descontraído de seduzir inicialmente a dona da casa (a sua apaixonada Elsa) mas depois as que por lá vão passando. A excepção é a Tia Amélia, a única que ainda tenta impor alguma ordem numa casa onde cada um, enquanto encontra o seu destino e a sua paixão, sujeita o público a momentos de grande descontração.

segunda-feira, janeiro 08, 2007

Começou (em grande) o LISBOA-DAKAR...

"A aventura começou em 1977. Thierry Sabine perdeu-se na sua moto no deserto da Líbia durante o rali Abidjan - Nice. "Salvo das areias" in extremis, o piloto regressou a França subjugado pelas paisagens de sonho. Thierry Sabine prometeu na altura partilhar a sua descoberta com um máximo de pessoas e esse foi o seu objectivo: trazer um máximo de pessoas para esta imensidão de areia. Thierry Sabine imaginou assim um percurso extraordinário com partida na Europa. O traçado passaria em seguida por Alger, atravessando depois Agadez para terminar em Dakar. O projecto concretizou-se rapidamente. O Paris-Dakar abriu-se a um mundo desconhecido, no qual o seu criador, Thierry Sabine, surge como um verdadeiro pioneiro. O seu lema era então: "Um desafio para os que partem. Um sonho para os que ficam." A África, continente de múltiplas facetas, oferece um elixir perfeito que mistura o sonho e a competição. Em 26 de Dezembro de 1978, partiu da Praça do Trocadéro o primeiro Paris-Dakar. Foi há mais de um quarto de século..."
Sítio do Lisboa-Dakar
"Foi um enorme prestígio para o Dakar ter começado em Lisboa e posso afirmar que esta foi a melhor Grande Partida dos últimos 20 anos. Simplesmente fabuloso", afirmou Etienne Lavigne, responsável pela organização francesa. Para Lavigne, "o que se passou em Portugal foi grandioso" e apontou "o entusiasmo do público, a qualidade da organização e o espectáculo dados pelos pilotos" como três razões para justificar este adjectivo.

Arquivo Municipal abre ao público...

Arquivo Municipal abre ao público dia 15 de Janeiro
No próximo dia 15 de Janeiro, pelas 10:30 horas, vai ser aberto oficialmente ao público o Arquivo Municipal de Pombal. Esta abertura inicia uma série de actividades, a decorrerem durante o mês de Janeiro, contando com uma exposição de documentos, vários ateliês pedagógicos e um concerto de memórias.
O Arquivo Municipal de Pombal surgiu da necessidade, que o Município de Pombal sentiu, de guardar para memória futura, e futura utilização, os documentos relativos aos serviços camarários, à cidade, ao concelho e aos seus habitantes.
O Arquivo tem à sua guarda os documentos produzidos e recebidos pelos diversos serviços da Câmara Municipal no decorrer das suas funções ou actividades públicas, conservados para servirem como elementos, de gestão e prova, podendo ser alvo de estudo da nossa história.
Esta valência municipal é responsável pela promoção, divulgação e difusão do conhecimento dos acervos documentais, através do recenseamento e da elaboração de guias de inventário e catálogos de todo o património documental, competindo-lhe gerir a documentação, espólios e conjuntos documentais provenientes do Município e das Empresas Municipais, com interesse histórico, patrimonial, arquivístico ou informativo.
O Arquivo Municipal é composto pelos seguintes serviços:
  • Recepção - Espaço onde é feito o controlo de entrada e saída do leitor, através da sua identificação. Onde o utilizador é encaminhado para a Sala de Leitura, após ter depositado objectos como malas, pastas ou caixas, em cacifo e onde será dada uma primeira orientação de pesquisa ou outras informações.
  • Sala de Leitura - Espaço onde se encontra uma pequena biblioteca especializada de livre acesso e onde se podem consultar os instrumentos de descrição documental, inventários, catálogos e índices, assim como toda a documentação solicitada.
  • Internet - A Sala de Leitura encontra-se equipada com o sistema "wireless", permitindo o acesso à internet, a partir de computadores de uso pessoal.
  • Certidões / Fotocópias - Serviço de atendimento para passagem de certidões e pedidos de reprodução de documentos.
  • Empréstimo - de documentação para exposições, mediante os procedimentos específicos nas Normas de Empréstimo para Exposições.
  • Actividades - Culturais e pedagógicas.

A Festa da Taça está de regresso

Este 2007 começou com a verdadeira festa do futebol: a Taça de Portugal. Esta é uma competição com uma larga tradição e que sempre ocasiona novidades e a possibilidade de vermos em confronto clubes de dimensões realmente muito distintas. Esta eliminatória da Taça de Portugal foi mais uma vez rica em surpresas e o Atlético tão cedo não se esquecerá deste dia maravilhoso para as suas cores. Os adeptos portistas é que não devem ter ficado muito contentes, habituados que estão a que isto aconteça normalmente aos seus rivais de Lisboa. Mas quem viu toda aquela mobilização (por exemplo) dos milhares de adeptos que acompanharam a equipa de Oliveira do Bairro à Luz e toda aquela preparação que antecedeu a viagem, os "comes e bebes" essenciais a uma boa tarde desportiva e todo o espírito que se vive nestas tardes, só pode ficar feliz pelo Futebol, pelo menos algumas vezes no ano, ainda ser uma festa.
Resultados da IV eliminatória da Taça de Portugal
Jogos entre equipas da Liga:
Académica (L) - Vitória de Setúbal (L), 2-1
Paços de Ferreira (L) - União de Leiria (L), 1-2
Jogos entre equipas da Liga e da Liga de Honra:
Estrela da Amadora (L) - Feirense (LH), 2-1 após prolongamento
Nacional (L) - Vizela (LH), 3-0
Penafiel (LH) - Marítimo (L), 1-0
Sporting de Braga (L) - Portimonense (LH), 5-2
Jogos entre equipas da Liga e da II divisão:
Paredes (II) - Belenenses (L), 2-4 ap (2-2 90 min.)
FC Porto (L) - Atlético (II), 0-1
União da Madeira (II) - Sporting (L), 1-3
Benfica (L) - Oliveira do Bairro (II), 5-0
Jogos entre equipas da Liga e da III divisão:
Beira-Mar (L) - Santana (III), 6-0
Naval (L) - Casa Pia (III), 4-0
Desportivo das Aves (L) - Oliveirense (III), 1-0
Boavista (L) - Macedo de Cavaleiros (III), 3-1
Jogos entre equipas da Liga de Honra:
Estoril-Praia (LH) - Santa Clara (LH), 3-4 - desempate por grandes penalidades
Jogos entre equipas da Liga de Honra e da II divisão:
Gondomar (LH) - Rio Maior (II), 3-0
Leixões (LH) - Famalicão (II), 2-1 ap (1-1 90 min.)
Pontassolense (II) - Olivais e Moscavide (LH), 2-1
Camacha (II) - Olhanense (LH), 1-0
Jogos entre equipas da Liga de Honra e da III divisão:
Valecambrense (III) - Varzim (LH), 2-4
Jogos entre equipas da II divisão:
Penalva do Castelo (II) - Maria da Fonte (II), 2-1
Bragança (II) - Marco (II), 4-2
Sporting da Covilhã (II) - Mafra (II), 0-1
Louletano (II) - Sporting de Espinho (II), 1-0
Santiago dos Açores (II) - Odivelas (II), 0-1
Jogos entre equipas da II divisão e da III divisão:
Maia (II) - Lagoa (III), 2-0
Sertanense (III) - Lusitânia dos Açores (II), 1-0
Juventude de Évora (III) - Pinhalnovense (II), 1-4
- Equipas apuradas para a quinta eliminatória:
Liga (12): Sporting, Benfica, Nacional, Belenenses, Beira-Mar, Naval, Desportivo das Aves, Boavista, Académica, União de Leiria, Estrela da Amadora e Sporting de Braga. Liga de Honra (6): Rio Ave, Varzim, Gondomar, Penafiel, Leixões e Santa Clara. II divisão (10): Penalva do Castelo, Bragança, Atlético, Pontassolense, Camacha, Mafra, Louletano, Maia, Pinhalnovense e Odivelas. III divisão (1): Sertanense

Em Canas destaca-se o melhor de 2006

Uma ideia original e que pretende destacar o que de melhor se passa no concelho. Em Canas de Senhorim há um blog que está a promover a eleição do melhor de 2006 "no reconhecimento do trabalho desenvolvido, propomo-nos nomear no âmbito da blogosfera canense, as instituições que pela sua natureza ou desempenho se evidenciaram na promoção e valorização da vila de Canas de Senhorim durante o ano de 2006. Tal reconhecimento destacará uma Instituição um Evento e uma Associação com os prémios Centauro de Honra 06 (1.Prestígio 2. Melhor Evento de 06 3. Associação do ano 06)"
Ao realçar e destacar o que melhor se verificou na vila, este acaba por ser um bom exemplo a seguir, até porque muitas vezes não damos o devido valor aos bons acontecimentos que se verificam nas nossas vidas e nas nossas Terras...

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Comutação das penas de morte no Iraque

2006 findou triste e negro... A morte ensombrou este final de ano e os que são os primeiros defensores do regime democrático assistiram passivos e serenos a uma execução bárbara e condenável a todos os níveis. Saddam merecia ser julgado e punido pelos crimes que cometeu, mas esta não seria obviamente a forma mais correcta... e não me parece que o julgamento tenha decorrido sobre as normais regras do jogo... Em causa está a pena de morte e sobre ela Miguel Torga disse "A tragédia do homem, cadáver adiado, como lhe chamou Fernando Pessoa, não necessita dum remate extemporâneo no palco. É tensa bastante para dispensar um fim artificial, gizado por magarefes, megalómanos, potentados, racismos e ortodoxias. Por isso, humanos que somos, exijamos de forma inequívoca que seja dado a todos os povos um código de humanidade. Um código que garanta a cada cidadão o direito de morrer a sua própria morte".

quinta-feira, janeiro 04, 2007

A mensagem oficial... reacções?!

No início deste Novo Ano, quero saudar todos os Portugueses e dirigir-lhes votos de felicidades para 2007.
O ano que hoje começa é crucial para o futuro do nosso País. É chegado o tempo de ultrapassar a fase de reduzido crescimento económico e de acertar o passo com os nossos parceiros europeus, consolidando um novo ciclo de desenvolvimento. Vivemos num mundo globalizado, onde a concorrência entre as diversas economias é cada vez mais intensa. A nossa responsabilidade é garantir as condições necessárias ao desenvolvimento naquilo que depende apenas de nós. Também neste ano de 2007, no seu segundo semestre, Portugal vai presidir ao Conselho da União Europeia. Trata-se de uma tarefa exigente, complexa e de grande responsabilidade.
Mas a presidência da União Europeia será igualmente uma oportunidade, que tão cedo não se repetirá, para afirmar o prestígio de Portugal.

Portugueses,
Este é um tempo de esperança. A esperança que nos deve unir na procura e na partilha dos melhores caminhos para o futuro de Portugal.
Para estarmos entre os melhores, devemos ter a ambição de estabelecer metas exigentes, que a todos comprometam e responsabilizem.
Os Portugueses exigem realizações concretas. E o Presidente da República, no início deste ano de 2007, acompanha-os nessa exigência de resultados.
É muito importante que em 2007 se registem progressos claros em, pelo menos, três grandes domínios da nossa vida colectiva: desenvolvimento económico, educação e justiça.
Em primeiro lugar, no domínio do desenvolvimento económico, que é essencial para que haja mais emprego, mais justiça social e melhores condições de vida.
A dimensão dos países já deixou de ser determinante no sucesso. Importa, isso sim, instaurar uma cultura que dê espaço à iniciativa, ao uso das competências e à valorização do mérito. Podemos ter sucesso, assim tenhamos ambição.
Cabe aos empresários serem verdadeiros agentes da mudança, aumentando a produtividade, investindo mais e, sobretudo, investindo melhor, com uma aposta decisiva na inovação e na qualidade.

É crucial que 2007 fique marcado por uma recuperação do investimento.
O desenvolvimento exige que o Estado seja mais eficiente no uso dos seus recursos e que actue com rapidez e transparência.
O Estado não deve ser um obstáculo, antes deve favorecer a competitividade das empresas e contribuir para que os cidadãos desenvolvam as suas potencialidades.
O esforço de reequilíbrio das finanças públicas é, sem dúvida, um factor decisivo para um crescimento económico sustentado, havendo, no entanto, que actuar por forma a preservar a coesão social e a solidariedade para com os que mais precisam.

Em segundo lugar, é importante que 2007 fique marcado por melhorias visíveis no funcionamento do nosso sistema de ensino.

A formação dos jovens é determinante para combater as desigualdades. Só ela pode garantir o pleno aproveitamento das oportunidades que se abrem aos Portugueses num mundo sem fronteiras.
As políticas activas para valorizar a escola e estimular os jovens a prosseguir os seus estudos são a aposta mais duradoura que podemos lançar a bem do nosso futuro.
Esta é uma tarefa que a todos deve mobilizar: professores, pais e alunos, cada um com a sua responsabilidade, mobilizados num quadro que cabe ao poder central e às autarquias orientar e apoiar.
O tempo urge. A qualidade no ensino, o estímulo à excelência e o combate sem tréguas ao insucesso e abandono escolar têm que ter sinais positivos já em 2007.

Em terceiro lugar, 2007 é o ano em que devem ser concretizados passos decisivos para a melhoria do funcionamento do sistema de justiça.

No ano passado, reduziu-se alguma da crispação que marcava o sector da Justiça. Foi mesmo possível chegar a um entendimento político alargado com vista à credibilização e ao reforço da confiança no sistema judicial.
Dos protagonistas deste sector espera-se um contributo activo para a eficiência do sistema de justiça.

Portugueses,

Em 2007, não podemos falhar as metas que queremos atingir. Para isso, é fundamental que haja um clima de confiança e estabilidade que favoreça o desenvolvimento económico e social, credibilize as instituições e permita a realização das reformas inadiáveis.
Compreendo os sentimentos daqueles que se têm mostrado insatisfeitos e querem um País melhor. Partilho dessa insatisfação, quero um Portugal melhor e, por isso, serei também exigente quanto aos resultados.

Só assim poderemos compreender e aceitar que os sacrifícios do presente são essenciais para preparar um futuro melhor.
Temos de nos concentrar nos grandes desafios que se colocam ao nosso País.
Mas deve haver sempre lugar a um olhar atento para o sofrimento dos menos afortunados, dos doentes e das crianças vítimas de violência, para as dificuldades das pessoas com deficiências, para a solidão dos idosos, para a angústia dos que não têm emprego. Tenho-os no meu pensamento.
Desde o início do meu mandato que me tenho empenhado em lançar as sementes de uma sociedade mais justa, solidária e inclusiva.
Cada povo faz o seu destino. Tenho confiança no futuro porque acredito nos Portugueses.
No ano que agora começa, espero que vejamos sinais de um tempo melhor. E é na esperança de um tempo melhor que desejo a todos os Portugueses e às suas Famílias um Feliz Ano Novo."

Aníbal Cavaco Silva Presidente da República

Esta foi a primeira mensagem de Ano Novo do primeiro Presidente da República do centro-direita que chegou a Belém. Que dizer desta mensagem?! Uns dizem que é um puxão de orelhas, outros que é uma ajudinha a Mendes e companhia, outros que é um abanão na famigerada cooperação estratégica, o que será afinal?!