Ainda não me tinha pronunciado sobre a vitória de Marinho Pinto. Não sou dos que alinham na desgraça. Estou certo de que há-de ser, para além de um defensor determinado dos interesses da classe, um acérrimo impulsionador da evolução da justiça portuguesa. Já agora, esperemos que faça jus às suas palavras: "José Miguel Júdice chamou-lhe justicialista e comparou-o a Hugo Chávez. Disse que representava os descamisados da advogacia. Revê-se nesse retrato?
Revejo-me na esmagadora maioria dos advogados. A nobreza desta profissão não está tanto nos grandes nomes, está na multidão de anónimos que todos os dias garantem algo essencial num estado democrático, pois é através dos advogados que, muitas vezes, os cidadãos defendem os seus direitos fundamentais. São milhares cujos nomes ninguém conhece e que devem também ter direito a uma parte do paraíso, já que suportam grande parte do peso do céu."