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quinta-feira, novembro 27, 2008

É preciso construir ideias

Cada vez é mais difícil ter um papel interventivo na estrutura política nacional. Os sucessivos exemplos vindos de gente que desempenha ou desempenhou funções públicas com elevadas responsabilidades não abonam nada a favor da participação política.
Os próprios partidos vão tendo cada vez mais dificuldades em falar na linguagem das pessoas e de se demarcarem de práticas menos aceitáveis por parte de destacados dirigentes.
O divórcio entre cidadãos e política não se verifica apenas nas camadas mais jovens. É uma realidade tão presente que já são crescentes as vozes a favor (do partido) da abstenção já em 2009.
É preciso envolver mais as pessoas na promoção do bem comum. Temos gente com qualidade em todas as áreas mas, infelizmente, a grande maioria não se quer "queimar" na cena política. Este é um dos principais problemas que desenvolvemos nas últimas décadas e urge iniciar um combate em torno da dignificação do desempenho de funções públicas e em torno de uma cada vez maior participação dos cidadãos na definição da res publica.
É por esta mesma razão que movimentos independentes vão tendo cada vez maior peso na nossa sociedade, mas é sobretudo por esta razão que se vão proliferando os espaços de reflexão estratégia sobre assuntos diversificados, debatidos por especialistas e pessoas comuns, um pouco à margem dos partidos ora existentes.
Em cima, destaco a plataforma criada por Passos Coelho, porque considero premente que comecemos a construir ideias fortes para o futuro do nosso país.
Mais do que discutirmos caras, feitios e personalidades, temos que discutir seriamente quais as ideias que queremos para um Portugal moderno e competitivo, capaz de gerar riqueza e redistribui-la para uma efectiva diminuição das desigualdades sociais.
Vivemos uma situação altamente preocupante em termos internacionais com inegáveis consequências na nossa frágil arquitectura financeira e económico-social.
E é nestas alturas críticas que as pessoas se viram para o Estado, pelo que é também nestas alturas que o sector público e seus intervenientes têm que dar uma resposta cabal aos problemas surgidos.
Esta resposta só pode passar, em termos locais e nacionais, por um maior envolvimento da população na definição do rumo a seguir.
As pessoas não podem ser chamadas a intervir unicamente de 4 em 4 anos em altura de eleições. O direito ao voto e a cruzinha à frente do "nosso" candidato não pode ser o único meio de se intervir na definição do futuro das nossas localidades.
Temos que construir ideias nas nossas empresas, nas nossas famílias, nos nossos municípios e no nosso dia-a-dia para que não corramos o risco de cair num angustiante vazio...
O descrédito que se sente e se vive um pouco por todos os sectores e um pouco por todo o país tem que ser combatido, a bem das gerações vindouras que não têm culpa nenhuma dos erros cometidos no passado...

quinta-feira, maio 29, 2008

Que rumo para o país? Um desígnio nacional...


Depois de amanhã realizam-se as eleições internas no maior partido da oposição, mas elas só têm verdadeira expressão se significarem alguma coisa no rumo que o país deve seguir.
O diagnóstico está mais que feito e a débil situação económico-social tende a agudizar-se profundamente, como se comprova, nos últimos dias, com as notícias relativas à escalada do preço dos combustíveis e ao aumento do preço dos bens de 1ª necessidade.
O emprego diminui, a natalidade tarda em disparar, o poder de compra extingue-se, o consumo fica só para alguns, o rendimento distribui-se por poucos, a pobreza torna-se uma realidade desesperante, os impostos asfixiam, a insolvência alastra-se pelas empresas, a saúde fica mais distante, a justiça vai-se fazendo, e o país vai regredindo.
Sejamos sinceros, a culpa do actual estado em que se encontra o país é de todos os governantes que temos tido nos últimos anos. Todos, em maior ou menor medida, não conseguiram fazer Portugal dar o salto, como comprova a obsessão pelas contas públicas e pelo controlo do défice que assombra o nosso país há tempo de mais.
O diagnóstico está feito. Já vimos que a actual maioria não consegue resolver os problemas que enfrentamos e o espírito reformista do nosso Primeiro-Ministro tem-se mostrado infrutífero, daí que a maioria dos portugueses olhe para este acto eleitoral no PSD com alguma expectativa (leia-se esperança).
Neste processo eleitoral, há duas soluções já testadas no passado e uma solução que nunca foi testada.
Manuela Ferreira Leite tem condições para ser líder do PSD. É uma distinta militante, respeitada por todos e que pode conceder credibilidade ao partido e ao país. Fala verdade e as pessoas sentem que podem confiar nela.
Santana Lopes já mostrou ser um tribuno de excelência e é um dos quadros que o PSD não pode rejeitar dada a sua inegável mais-valia no combate político. Espera uma nova oportunidade mas tem atrás de si o peso de um passado que as pessoas não recordam com grande satisfação.
Depois destas 2 soluções, temos a hipótese Passos Coelho que com 43 anos e por nunca ter feito parte de nenhum Governo é rotulado de impreparado e de ser jovem demais para ser líder do partido e chefe de governo. Eu como não considero que o exercício de cargos políticos seja uma condição necessária para ser Chefe de Governo julgo que Passo Coelho beneficia do facto de não ter sido responsável directo pelo actual estado em que encontramos o país.
Mas a diferença está na mensagem. Portugal precisa de encontrar um desígnio nacional que envolva jovens e menos jovens, pobres e ricos, litoral e interior, norte e sul, continente e ilhas, todos nos devemos envolver num designio comum.
Portugal precisa de novos desafios. Precisamos de diminuir o peso do estado na nossa economia, reformar as funções do estado, descentralizar efectivamente muitas das competências da administração central, promover a igualdade de oportunidades e o reconhecimento da meritocracia, combater a exclusão social, desenvolver a coesão territorial, enfim, precisamos de criar muito mais riqueza e redistribui-la a quem mais precisa.
Precisamos de agarrar o futuro e eu acredito que com as ideias propugnadas por Passos Coelho, o futuro pode mesmo ser agora.
Ganhe quem ganhar, o importante é que saia uma mensagem de confiança clara para o país que leve os portugueses a voltarem a acreditar no (por enquanto) maior partido da oposição.