terça-feira, novembro 21, 2006

É uma pena que tenha que se chegar a este ponto (aqui). Este é um mal da blogosfera, dos fóruns e de todos os espaços de discussão e opinião na Internet. Há pessoas que aproveitam estes espaços para descarregarem a sua raiva e o seu ódio escondidos numa máscara que não é a sua e é pena que assim seja, porque sem honestidade e sem frontalidade estas pessoas colocam em causa bons projectos e boas iniciativas que por aí vão surgindo. O Fórum de Pombal foi altamente fustigado com cenas destas, agora também este fórum desportivo é abalado por estas pessoas que deitam tudo a perder, deixando os bem intencionados sem vontade de dar a sua opinião e escutar a de outros... razão parece ter Miguel Sousa Tavares.
O (nosso) Rei...

Para aqueles muitos que, tal como eu, não tiveram oportunidade de ver o rei em acção...

«É ao cubense Cristóvão Colon, pseudónimo do alentejano Salvador Fernandes Zarco, filho ilegítimo do Duque de Beja com Isabel Gonçalves Zarco, que as teses portuguesas reivindicam a descoberta das Américas, e não ao genovês Cristóvão Colombo. Interrogada hoje sobre a opinião do presidente da Câmara de Cuba, Francisco Orelha, e das teses portugueses que atribuem ao cubense Cristóvão Colon a autoria do feito histórico, Isabel Pires de Lima escusou-se a tomar posição, deixando "esse trabalho aos cientistas". "Aí penso que não é Cuba quem mais ordena e muito menos o Ministério da Cultura", declarou. Ao lado do autarca de Cuba, a ministra acabou depois por manifestar os seus desejos: "Gostaria imenso se se vier a demonstrar que, de facto, o nosso homem é de cá", disse. Numa homenagem ao Descobridor das Américas, realizada a 28 de Outubro na vila de Cuba, os promotores defenderam que os manuais escolares devem ser alterados, passando evocar o nome do alentejano Cristóvão Colon, em vez do genovês Cristóvão Colombo. A homenagem consistiu na inauguração de um monumento ao alentejano Cristóvão Colon, a quem as teses de historiadores e investigadores portugueses atribuem o feito histórico de Descobrir as Américas, ao serviço dos reis de Espanha. Os manuais escolares são unânimes em evocar a figura de Cristóvão Colombo, que nasceu em Génova em 1451 e morreu em Valladolid (1506), repousando as ossadas na catedral de Sevilha (Espanha). O monumento foi inaugurado no principal largo da terra, que também passou a ostentar o nome de Cristóvão.» in Diario Municipal
Se quer aguçar ainda mais o apetite... leia o Codex de José Rodrigues dos Santos... e entre na trama montada pelo autor.

segunda-feira, novembro 20, 2006

A Chefe Moleiro em entrevista...

“Uma filosofia de vida”. É assim que Carina Moleiro, de 27 anos, chefe do Agrupamento 674 de Escuteiros de Pombal, vê o seu percurso naquele movimento. Ao assumir o cargo, no passado mês de Outubro, esta jovem, que trabalha como técnica de produção numa fábrica de faiança em Alcobaça, e está a tirar a licenciatura de engenharia mecânica na ESTG, tornou-se a segunda mulher a assumir esse lugar desde que o agrupamento foi criado, há 24 anos. Escuteira desde os 12 anos, Carina Moleiro (é filha da deputada na Assembleia da República, Ofélia Moleiro) explica que “entrei como quase todos. A minha melhor amiga era, falou-me e ingressei. A minha primeira impressão foi de ser divertido, ter aventura, a novidade…Os meus pais não se opuseram, apesar da preocupação inicial da minha mãe com as primeiras actividades, saídas e dormidas”. Ao longo dos anos “os escuteiros, para mim, são como uma família. É um espaço onde conheci muitas pessoas e valores. Ali temos uma experiência diferente. Preparamo-nos para diversas situações”, afirma Carina, acrescentando que, ser Chefe do Agrupamento “não é bem um convite, mas uma sucessão natural”, isso após ter feito o Curso de Iniciação Pedagógica (CIP), em Coimbra. “O curso ocupa muitos fins-de-semana, por quatro a cinco meses, mas uma pessoa acaba por se envolver, aprender imenso e arranjar imensos amigos”. Com o trabalho, estudos e várias actividades junto aos escuteiros – “Já fizemos o ‘planning’ 2006/2007 e sabemos quais os fins-de-semana ocupados” – Carina ainda encontra tempo para outras coisas. “Gosto de ler, sair, conhecer novos lugares, e às vezes não fazer nada”. Por isso, “quando tenho fins-de-semana livres tenho que aproveitar bem. O meu namorado não é escuteiro, mas vê a minha actividade com bons olhos. Ele sabe que é uma coisa que me dá prazer. Até agora consigo conciliar. Devemos é ter as coisas bem organizadas e planeadas”. E porque é que na maior parte das vezes os chefes dos agrupamentos são homens? “Na minha opinião, acho que ser chefe é uma questão de disponibilidade, e de espírito de liderança. Normalmente é uma pessoa mais velha, mas aqui somos todos novos…”. E imagina-se durante quanto tempo nos escuteiros? “Não penso em prazos. Imagino-me sempre lá”. in "O ECO" Ver aqui

O Lar residencial da Cercipom..

Passou despercebido a alguns, mas o Lar da Cercipom é uma obra belíssima e uma fonte de esperança para todas as pessoas com deficiência que não têm um sítio onde ficar ou familiares que os nãos possam acolher. Esta obra, mais que o encanto das quatro paredes, transpira alegria e está de tal forma "arranjada" que dá um cunho de muita dignidade a toidos os que por lá passarem. Todos fomos convidados a lá ir quando quisermos e creio que é um desafio que todos devemos aceitar e passarmos lá para... simplesmente dizer um olá... vão gostar...

Garantida paragem do TGV em Leiria...

«Leiria vai ter uma paragem do TGV, faltando definir se a estação se localizará a poente ou a nascente da cidade, embora a opção poente seja a "mais indicada", disse ontem, quinta-feira, o vereador dos transportes, Fernando Carvalho (PSD). Falando na reunião de Câmara, Fernando Carvalho disse ter recebido esta semana, da parte da RAVE - empresa responsável pela linha de alta velocidade -, a garantia de que o TGV terá uma paragem em Leiria. "A opção Poente é a mais indicada, por questões ambientais e tendo em conta a proximidade à linha do Oeste", disse Fernando Carvalho, apontando como localização provável um corredor no eixo Leiria-Marinha Grande. Quanto à hipótese da futura estação do TGV se localizar a leste da cidade de Leiria, o vereador, que esta semana participou no Congresso sobre "O Transporte Ferroviário de Alta Velocidade", considerou que teria "muitos problemas ambientais", nomeadamente na zona da Senhora do Monte.» in Região de Leiria
Será que estes projectos vão mesmo para a frente?! Será que o investimento (leia-se esforço) feito é compatível com as vantagens (leia-se retorno) que proporcionam?
A ver vamos como caminhamos... mas uma coisa é certa, o atraso já é de alguns aninhos...

sexta-feira, novembro 17, 2006

O Presidente da República...

Em entrevista à SIC (aqui) "o Presidente da República, Aníbal Cavaco Silva, disse acreditar nas reformas do Governo e defende que estas são fundamentais, sendo agora o momento certo para as realizar.Cavaco Silva acredita que as reformas do Governo são fundamentais e pede aos portugueses que percebam as decisões que vão garantir um melhor futuro. Para o Presidente da República, se as medidas não forem implementadas agora, serão aplicadas mais tarde e com consequências mais penosas."
Cavaco tem sido um sustentáculo desta socrática governação. Um dos últimos reformistas nacionais vê agora um primeiro-ministro, apesar da veste de outra cor, demonstrar uma fibra como a sua e um espírito reformista bastante acentuado. Cavaco conhece como ninguém o País, nomeadamente, o monstro da Administração Pública, que dizem ter sido fomentado por ele. Mas a este monstro acrece o monstro do défice por outros fomentado. E são estes monstros e estes fantasmas que nós portugueses temos que combater, a bem de Portugal e a bem do nosso futuro...
Cavaco sabe o que o País precisa mas não tem a varinha mágica... tem apenas a firmeza e a determinação que o carcterizam ao leme da nação... esperemos que estas certezas estejam no rumo certo... no rumo da estabilidade e da prosperidade económio-social...

O regresso do enfant terrible...

Em entrevista à RTP (aqui) Santana Lopes não exclui regresso à luta partidária... «Santana Lopes vai continuar a andar por aí, como afirmou depois de ter deixado o cargo de primeiro-ministro. E andar por aí pode mesmo significar voltar à liderança do PSD e até ao cargo de líder de um Governo. Ontem, na entrevista à RTP, Santana Lopes deixou essas hipóteses no ar. "Nunca se sabe, embora não o ambicione. Nunca direi nunca."»
Para quando este regresso de Santana e Portas à política activa?! Terão ainda capital político para ocupar cargos de destaque e importância no panorama político nacional?! Creio que vontade de "vingança" não lhes faltará, pelo menos a Santana que ainda se sente chamuscado. Eles sabem que valem muito mais do que mostraram e que, apesar de todos os incidentes, ainda têm gente de apoio no seio das suas estruturas partidárias. Santana fala mesmo como se fosse um general a quem lhe lhe foi imposto a reforma antecipada. Não tenho dúvidas que voltará... não sei é como, quando e para quê...

Estalou o verniz em Lisboa...

Estalou o verniz na Câmara de Lisboa (aqui) Depois da ruptura verificada no prórprio seio da vereação socialista da maior Câmara do País, também agora se abriu um crise no outro lado. Maria José Nogueira Pinto, que contribuia para que houvesse maioria no orgão e pudessem ser aprovadas as propostas do Presidente da Câmara, ficou sem pelouros, pelo que "O equilíbrio de forças na autarquia lisboeta regressou na quarta-feira à situação que resultou das eleições autárquicas de Outubro de 2005, com os oito vereadores do PSD em minoria em relação aos nove eleitos pela oposição: PS (cinco), CDU (dois), Bloco de Esquerda (um), CDS-PP (um)." O caricato desta questão e o que custa extrair deste episódio é que tudo aconteceu por causa de um nome, não por causa de uma iniciativa ou ideia política... tudo aconteceu por causa de um nome, um nome que estava previsto para fazer parte de umdeterminado orgão e (diz-se que) por ser afecto a um opositor do actual líder do partido maioritário não podia caber nas contas e tinha que ser afastado. Se assim foi é triste... É triste que por causa de um nome se rompa um projecto político (a não ser que tenha sido de propósito). Não está fácil ser-se vereador em Lisboa...

quinta-feira, novembro 16, 2006

Temos pergunta...

Jogada no Palácio Ratton, no dia de ontem, os juízes do TC voltaram-se a encontrar para "disputar" a consitucionalidade da pergunta para o referendo. O último "derbie" aconteceu em 1998. Agora, apesar da mudança de alguns jogadores, a partida mostrou-se renhida entre os juízes do Tribunal Constitucional, acabando com um resultado de 7-6, pelo que aprovaram, pela diferença mínima de um voto, a pergunta para o referendo sobre o aborto. Esperemos então pelo Presidente da República Cavaco Silva que tem agora 20 dias para decidir sobre a convocação da consulta popular. Ver notícia
o Presidente da República tem 20 dias para decidir se convoca ou não a consulta, (mais do que certo que convocará) que terá de ser agendada para entre 40 e 180 dias depois, isto é, a consulta aos portugueses acontecerá no primeiro trimestre de 2007.
Esta é mais uma oportunidade para os portugueses se pronunciarem sobre uma matéria que a todos diz respeito e para não desperdiçarem a oportunidade que todos temos de participar activa e democraticamente na definição do futuro do nosso país...
Só participando activamente e votando no referendo podemos contribuir para "salvar" a nossa democracia...

quarta-feira, novembro 15, 2006

Um benfiquista à maneira...

Já há subsituto pró Veiga... e é um da Velha Guarda...

Desfeita a dupla VV

Desfeita a dupla VV, Vieira e Veiga, que levou o Benfica à reconquista do Campeonato Nacional. "José Veiga demitiu-se do cargo de director-geral do Benfica e já não acompanhará a equipa a Braga, no sábado, na sequência do arresto de bens pessoais, ontem à tarde, na sua casa em Cascais. O dirigente demissionário dos encarnados acusa a justiça portuguesa e diz estar a ser alvo de uma perseguição..." Já Luis Filipe Vieira Vieira "tem previsto para hoje novo encontro com Veiga e vai tentar, por todos os meios, que o ex-empresário retire o pedido de demissão que ontem apresentou, apanhando de surpresa o presidente do clube da Luz." Ver notícia.
Muitos gostavam de Veiga, aliás, os fervorosos benfiquistas gostavam de Veiga por que ele é, sem sombra de dúvida, um homem do futebol e que conhece muito bem os meandros e os bastidores deste fenómeno. Agora, não seria com toda a certeza um dirigente dotado de muita credibilidade. Não interessa agora crucificar o senhor numa altura díficil da sua vida e que há-de ser resolvida, o que importa é encontrar agora uma solução para o Futebol do Benfica que rompa com a tradição e traga alguém para a sua liderança que conceda maior credibilidade e dignidade ao clube e ao dirigismo nacional. José Veiga tem o mérito de ter sido vencedor no clube da Luz e esse ninguém o poderá tirar.

terça-feira, novembro 14, 2006

Bubacar - Um clássico

A não perder este sucesso da música portuguesa...

Ilusionismo político

Ilusionismo político
Após a reeleição de José Sócrates, com 97,2% dos votos dos militantes socialistas, muitos vaticinaram erradamente que o XV congresso do PS seria pouco interessante.
A reunião magna dos socialistas, em Santarém, permitiu avaliar até que ponto este novo PS se transformou num espectáculo colorido, em que não interessa se o discurso é coerente ou incoerente, verdadeiro ou falso, apenas importa passar a mensagem para aplainar as dificuldades.
Não é por acaso que José Sócrates se queixa mais dos analistas políticos do que de uma comunicação social cada vez mais domesticada, salvo raras excepções.
Ninguém de boa fé tem dúvidas: José Sócrates aplica a política da direita no governo, mas reforça o discurso de esquerda do PS.
O congresso dos socialistas revelou um potencial líder da ‘Terceira Via’, enquanto a esquerda europeia aguarda o funeral político de Tony Blair.
A cartilha é a mesma: mantém-se o cor-de-rosa mais ou menos encarnado, acrescentam-se umas tiradas em nome dos mais pobres e juntam-se juras em relação à justiça social e ao Estado-Providência, mas lá no fundo o que realmente conta é o máximo lucro, a euforia bolsista e a globalização selvagem.
O simbolismo é tudo. É o regresso do político providencial, com ar cansado e sofrido, que luta contra todas as incompreensões e protestos, sempre firme e distante, por Portugal.
A imagem que passa e a sondagem positiva para o líder na hora certa valem mais do que mil palavras.
A proeza de disfarçar a crispação social e o protesto popular, o chumbo do Tribunal de Contas em relação aos números da Segurança Social e as dúvidas da União Europeia sobre as projecções de crescimento económico, entre a discussão do Orçamento de Estado e a realização do congresso de Santarém, não está ao alcance de qualquer um, nem seria possível sem uma máquina profissional e muito bem oleada.
Quem assistiu ao congresso do PS até pode ter ficado convencido que o messias da esquerda moderna chegou ao poder em Portugal. Mas, quando a publicidade é enganosa, a ilusão não resiste ao tempo.
Os últimos trinta anos de democracia já demonstraram que é preciso muito mais do que o marketing político para resolver os problemas do país.
Rui Costa Pinto, Visão, 13.11.06

segunda-feira, novembro 13, 2006

O berço da Nação

É hoje que Isabel Pires de Lima vai fazer a apresentação da cidade-berço de Portugal aos seus homólogos, sabendo-se já que a Eslovénia também quer que uma das suas cidades seja capital europeia da cultura em 2012.
Assim, esperando que a iniciativa no Porto tenha servido de exemplo para que não se cometam os mesmo erros e as mesmas derrapagens... Força Guimarães!
Alberto João Jardim em entrevista

Metade das universidades sem dinheiro para pagar salários 2007

Orçamento de Estado de 2007 - Segundo o jornal Público (aqui) "as verbas destinadas às instituições de ensino superior não chegam para pagar os salários em metade das 14 universidades e cinco dos 15 institutos politécnicos públicos."

Não fui nem assisti ao conclave socialista mas parece que Octávio Teixeira resume bem o que ali se passou (ver Abraços e facadas)
"E pronto, está feito, com Helena Roseta a contracenar com Sócrates como Carrilho fez com Guterres, o primeiro-ministro lá foi entronizado secretário-geral do PS.
A sua moção mereceu uma votação de braço no ar que encheria de alegria qualquer ditador: um voto contra e seis abstenções, num universo de 1800 esbracejantes..."