segunda-feira, novembro 20, 2006

A Chefe Moleiro em entrevista...

“Uma filosofia de vida”. É assim que Carina Moleiro, de 27 anos, chefe do Agrupamento 674 de Escuteiros de Pombal, vê o seu percurso naquele movimento. Ao assumir o cargo, no passado mês de Outubro, esta jovem, que trabalha como técnica de produção numa fábrica de faiança em Alcobaça, e está a tirar a licenciatura de engenharia mecânica na ESTG, tornou-se a segunda mulher a assumir esse lugar desde que o agrupamento foi criado, há 24 anos. Escuteira desde os 12 anos, Carina Moleiro (é filha da deputada na Assembleia da República, Ofélia Moleiro) explica que “entrei como quase todos. A minha melhor amiga era, falou-me e ingressei. A minha primeira impressão foi de ser divertido, ter aventura, a novidade…Os meus pais não se opuseram, apesar da preocupação inicial da minha mãe com as primeiras actividades, saídas e dormidas”. Ao longo dos anos “os escuteiros, para mim, são como uma família. É um espaço onde conheci muitas pessoas e valores. Ali temos uma experiência diferente. Preparamo-nos para diversas situações”, afirma Carina, acrescentando que, ser Chefe do Agrupamento “não é bem um convite, mas uma sucessão natural”, isso após ter feito o Curso de Iniciação Pedagógica (CIP), em Coimbra. “O curso ocupa muitos fins-de-semana, por quatro a cinco meses, mas uma pessoa acaba por se envolver, aprender imenso e arranjar imensos amigos”. Com o trabalho, estudos e várias actividades junto aos escuteiros – “Já fizemos o ‘planning’ 2006/2007 e sabemos quais os fins-de-semana ocupados” – Carina ainda encontra tempo para outras coisas. “Gosto de ler, sair, conhecer novos lugares, e às vezes não fazer nada”. Por isso, “quando tenho fins-de-semana livres tenho que aproveitar bem. O meu namorado não é escuteiro, mas vê a minha actividade com bons olhos. Ele sabe que é uma coisa que me dá prazer. Até agora consigo conciliar. Devemos é ter as coisas bem organizadas e planeadas”. E porque é que na maior parte das vezes os chefes dos agrupamentos são homens? “Na minha opinião, acho que ser chefe é uma questão de disponibilidade, e de espírito de liderança. Normalmente é uma pessoa mais velha, mas aqui somos todos novos…”. E imagina-se durante quanto tempo nos escuteiros? “Não penso em prazos. Imagino-me sempre lá”. in "O ECO" Ver aqui

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