O novo estatuto de autonomia da Andaluzia (Espanha) foi este domingo aprovado por ampla maioria dos eleitores, com cerca de 87 por cento.O referendo ficou igualmente marcado por uma elevada taxa de abstenção, superior à prevista e que atingiu os 64,95 por cento, de acordo com dados oficiais anunciados aos jornalistas pela Junta do Governo em Sevilha.
Dados do escrutínio - bastante rápido dada a fraca participação e do novo sistema de contagem - indicam que cerca das 21:00 locais (20:00 em Lisboa) o «sim» tinha apoio de 87,02 por cento dos eleitores e o «não» de 9,82 por cento.
As últimas sondagens tinham já antecipado a vitória clara do sim e uma abstenção elevada, ainda que a participação tenha ficado muito aquém da esperada, sendo a mais baixa de sempre num referendo na Andaluzia.
Gaspar Zarrias, conselheiro andaluz da presidência, disse que a pouca participação se deveu ao «excesso de confiança» dos eleitores numa vitória que previsível.
Ainda assim, referiu, «a Andaluzia decidiu claramente aprovar um novo Estatuto, que recebeu o apoio de nove em cada 10 eleitores».
O presidente do governo espanhol, José Luis Rodríguez Zapatero, saudou já os cidadãos da Andaluzia pelo novo estatuto, num contacto telefónico com o presidente da Junta da Andaluzia, Manuel Chaves.
Zapatero destacou «o civismo e normalidade democrática com que decorreu o dia de votação». O documento aprovado em referendo, amplia os direitos sociais dos andaluzes, avança em termos de financiamento local e reforça o auto-governo.
Cria uma Agência Tributária própria, prevê que a comunidade possa participar nos processos de decisão junto da UE e defende a aprovação de uma «carta dos direitos sociais dos andaluzes».
Trata-se do terceiro estatuto de autonomia aprovado em Espanha, depois de Valência e da Catalunha.
Várias outras províncias iniciaram já processos idênticos de actualização dos seus estatutos, na sua maioria a apontarem para um reforço do auto-financiamento e de maior autonomia na gestão de impostos, infra-estruturas e administração.
As várias regiões espanholas apostam igualmente em ter uma voz própria nos fóruns internacionais, incluindo ao nível da União europeia, e regras mais claras no relacionamento com o Estado.in PD



1 comentário:
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