segunda-feira, fevereiro 05, 2007

Menos apoio ao arrendamento...

"A condição juvenil portuguesa na viragem do milénio" é um estudo encomendado pela Secretaria de Estado da Juventude e do Desporto e elaborado por sociólogos do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.
Este estudo diz-nos que:

- os jovens com formação superior sem emprego eram 5,1 por cento em 1991 e passaram para 20,6por cento em 2001;
- os jovens estão hoje mais dependentes dos pais até mais tarde e a maior parte ocupa profissões pouco qualificadas;
- Há uma "progressiva intensificação da dependência familiar entre os mais jovens", fenómeno que o estudo atribui ao prolongamento da escolarização e ao retardamento da inserção profissional;
Segundo o estudo, a maior parte dos jovens é trabalhador por conta de outrem e concentra-se principalmente em actividades relativamente pouco qualificadas, como o operariado, ou em trabalhadores administrativos comerciais e de serviços.
Ao que o nosso Estado reponde: "Apoio a arrendamento jovem cai 50% em 2007"
"A verba orçamental disponível para apoiar jovens arrendatários vai estar limitada este ano a 32,7 milhões de euros, soube o DN junto do Instituto Nacional da Habitação (INH). Este plafond, inexistente em anos anteriores, corresponde a metade da despesa anual média registada entre 2004 e 2006 (cerca de 62 milhões de euros) e reflecte a nova filosofia adoptada pelo Governo em matéria de apoio a jovens que vivam em casas arrendadas, que se materializa, desde já, no abandono do programa Incentivo ao Arrendamento Jovem (IAJ)".
Tem toda a lógica, então se os jovens saem mais tarde de casa, se têm empregos pouco qualificados, se auferem baixos salários... para quê incentivar ou promover o arrendamento jovem?! Não é preciso, até porque como as casas estão baratinhas e bastante acessíveis a qualquer bolso, mais vale comprar logo uma, né?!

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