Basta identificar os proprietários dos terrenos para acabar com a nebulosa que cobre a construção do novo aeroporto...
A chave do problema
Um grande empreendimento lançado pelo Estado está a provocar uma forte polémica pública.
Até aqui, tudo normal.
Há opções políticas que devem merecer um debate aprofundado, com o contributo de especialistas, de forma a estudar as melhores soluções. Mas o que se está a passar com a construção do novo aeroporto da Ota é demais.
Em Portugal, o que deveria pertencer ao debate técnico e político rapidamente se está a transformar num potencial caso de polícia. Sempre que o Estado tem sob os seus ombros o peso de uma opção estratégica, seja um contrat de aquisição ou um mega projecto, mais tarde ou mais cedo surgem suspeitas aparentemente fundadas.
Basta escutar as últimas intervenções de Marques Mendes, líder do maior partido da oposição parlamentar, para poder facilmente concluir que até parece que aqui há gato escondido com rabo de fora.
A obstinação do primeiro-ministro em avançar com a obra a todo o custo, os dislates políticos doministro Mário Lino, que chegou a afirmar que a construção da Ota era um compromisso pessoal, e os estudos e mais estudos com conclusões contraditórias são factores que só servem para agravar as suspeições.
Para avançar com um investimento superior a três mil milhões de euros, fora os tradicionais aumentos de custos, é preciso saber quem ganha com a construção do novo aeroporto.
Serão os portugueses? Será uma empresa com excelentes cotações em Bolsa? Ou será que uns quantos particulares, eventualmente protegidos pela capa dos offshores, podem fazer toda a diferença?
Basta identificar os proprietários dos terrenos para acabar com a nebulosa que cobre a construção do novo aeroporto.
Sem transparência nunca poderá haver uma boa decisão sobre um investimento como o da Ota, pelo que é de saudar a recente intervenção do Presidente da República, Cavaco Silva, ainda que seja uma surpresa para a maioria.
José Sócrates tem pela frente um dossiê que lhe pode dar a verdadeira dimensão dos riscos e dos limites de uma maioria absoluta.
Afinal, em Democracia, a lei do tudo posso e mando, independentemente das suas motivações, deve merecer um escrutínio sério e implacável.
Até aqui, tudo normal.
Há opções políticas que devem merecer um debate aprofundado, com o contributo de especialistas, de forma a estudar as melhores soluções. Mas o que se está a passar com a construção do novo aeroporto da Ota é demais.
Em Portugal, o que deveria pertencer ao debate técnico e político rapidamente se está a transformar num potencial caso de polícia. Sempre que o Estado tem sob os seus ombros o peso de uma opção estratégica, seja um contrat de aquisição ou um mega projecto, mais tarde ou mais cedo surgem suspeitas aparentemente fundadas.
Basta escutar as últimas intervenções de Marques Mendes, líder do maior partido da oposição parlamentar, para poder facilmente concluir que até parece que aqui há gato escondido com rabo de fora.
A obstinação do primeiro-ministro em avançar com a obra a todo o custo, os dislates políticos doministro Mário Lino, que chegou a afirmar que a construção da Ota era um compromisso pessoal, e os estudos e mais estudos com conclusões contraditórias são factores que só servem para agravar as suspeições.
Para avançar com um investimento superior a três mil milhões de euros, fora os tradicionais aumentos de custos, é preciso saber quem ganha com a construção do novo aeroporto.
Serão os portugueses? Será uma empresa com excelentes cotações em Bolsa? Ou será que uns quantos particulares, eventualmente protegidos pela capa dos offshores, podem fazer toda a diferença?
Basta identificar os proprietários dos terrenos para acabar com a nebulosa que cobre a construção do novo aeroporto.
Sem transparência nunca poderá haver uma boa decisão sobre um investimento como o da Ota, pelo que é de saudar a recente intervenção do Presidente da República, Cavaco Silva, ainda que seja uma surpresa para a maioria.
José Sócrates tem pela frente um dossiê que lhe pode dar a verdadeira dimensão dos riscos e dos limites de uma maioria absoluta.
Afinal, em Democracia, a lei do tudo posso e mando, independentemente das suas motivações, deve merecer um escrutínio sério e implacável.
Rui Costa Pinto, hoje, na Visão
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