Uma visão diferente de um colunista do DE:
"Permitam-me ir contra o senso comum da nossa sociedade e eleger como o grande vencedor da OPA morta na sexta-feira Paulo Azevedo.
Não é brincadeira. Nem qualquer preocupação interesseira com as receitas publicitárias do Diário Económico. É uma preocupação interessada, sim, mas com o futuro de Portugal. E o interesse de Portugal é que se premeie quem arrisca, independentemente do resultado final. Paulo Azevedo arriscou. Tem, por isso, um lugar na galeria dos vencedores.
“O direito a falhar empresarialmente é fundamental para que existam empreendedores,” escrevia há tempos Paulo Soares de Pinho, distinto economista da Universidade Nova, em artigo de opinião publicado neste jornal. Em Portugal, passa-se precisamente o contrário, e as próprias estruturas do Estado castigam financeiramente quem falha. “O país dá assim um sinal claro aos agentes: enquanto um funcionário público incompetente nunca é despedido e vai sendo promovido por antiguidade, um empresário propenso ao risco a quem o azar bata à porta fica com o nome ‘manchado’ e inibido de recomeçar”.
Paulo Azevedo escolheu não adoptar o padrão do funcionário público, nem o protótipo do filho mimado do milionário. Perdeu uma guerra. Resta-lhe levantar-se e ir em busca da próxima. Reforçado por tudo o que certamente terá aprendido com os erros cometidos, e foram alguns.
Já se sabe que, independentemente da derrota, a Sonaecom ganha um mercado mais aberto onde lhe será mais fácil lutar por uma quota de mercado mais elevada. Ganha igualmente, por direito próprio, um lugar de honra como um dos grandes empresários nacionais. Mas estes ganhos são diminutos quando comparados com o que o país terá a ganhar se todos – enfim, se alguns – dos nossos empreendedores seguirem o exemplo de Paulo Azevedo e não tiverem medo de arriscar. De perder. E de, ainda assim, serem vencedores. "
"Permitam-me ir contra o senso comum da nossa sociedade e eleger como o grande vencedor da OPA morta na sexta-feira Paulo Azevedo.
Não é brincadeira. Nem qualquer preocupação interesseira com as receitas publicitárias do Diário Económico. É uma preocupação interessada, sim, mas com o futuro de Portugal. E o interesse de Portugal é que se premeie quem arrisca, independentemente do resultado final. Paulo Azevedo arriscou. Tem, por isso, um lugar na galeria dos vencedores.
“O direito a falhar empresarialmente é fundamental para que existam empreendedores,” escrevia há tempos Paulo Soares de Pinho, distinto economista da Universidade Nova, em artigo de opinião publicado neste jornal. Em Portugal, passa-se precisamente o contrário, e as próprias estruturas do Estado castigam financeiramente quem falha. “O país dá assim um sinal claro aos agentes: enquanto um funcionário público incompetente nunca é despedido e vai sendo promovido por antiguidade, um empresário propenso ao risco a quem o azar bata à porta fica com o nome ‘manchado’ e inibido de recomeçar”.
Paulo Azevedo escolheu não adoptar o padrão do funcionário público, nem o protótipo do filho mimado do milionário. Perdeu uma guerra. Resta-lhe levantar-se e ir em busca da próxima. Reforçado por tudo o que certamente terá aprendido com os erros cometidos, e foram alguns.
Já se sabe que, independentemente da derrota, a Sonaecom ganha um mercado mais aberto onde lhe será mais fácil lutar por uma quota de mercado mais elevada. Ganha igualmente, por direito próprio, um lugar de honra como um dos grandes empresários nacionais. Mas estes ganhos são diminutos quando comparados com o que o país terá a ganhar se todos – enfim, se alguns – dos nossos empreendedores seguirem o exemplo de Paulo Azevedo e não tiverem medo de arriscar. De perder. E de, ainda assim, serem vencedores. "
Pedro Marques Pereira
1 comentário:
E toma vai buscar!
Gostei.
Abraço
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