A abstenção!
Claramente acima dos 60 %, o que significa que mais de metade dos cidadãos com capacidade eleitoral activa não exerceram o seu direito. Isto porque não o sentem como direito mas apenas como dever. Aquilo que deveria ser um acto normal e responsável no nosso sistema democrático, acaba por o não ser. A democracia tal como está, ou tal como é vista, já não consegue cativar as pessoas. A ilusão de Abril está-se a esfumar e a esperança tende a desvanecer-se. É preciso arrepiar caminho. Em Portugal, nem os referendos cativam as pessoas e sempre que há um acto eleitoral no qual a grande maioria se abstém, todos (vencedores e vencidos) se alarmam mas depois, na prática, pouco ou nada fazem para inverter esta tendência. Os partidos políticos precisam de uma refundação no seu modus operandi. Vejamos o caso de Lisboa. Negrão não teve a máquina do PSD atrás de si, não tanto por culpa da máquina mas talvez mais por causa do líder que convenhamos não ter sido o candidato mais empolgante do ponto de vista da campanha autárquica. Esteve mal o PSD mas o que dizer do recurso do PS a militantes de Cabeceiras de Basto para o comício de vitória sem que as próprias pessoas envolvidas soubessem bem ao que vinham?! Antigamente as vitórias eram sentidas e vividas num clima de festa onde quem ganhava não precisava de trazer ninguém de fora para encher fosse o que fosse. Mas isto é preocupante e elucidativo de que as pessoas já nem quando ganham aparecem...
Claramente acima dos 60 %, o que significa que mais de metade dos cidadãos com capacidade eleitoral activa não exerceram o seu direito. Isto porque não o sentem como direito mas apenas como dever. Aquilo que deveria ser um acto normal e responsável no nosso sistema democrático, acaba por o não ser. A democracia tal como está, ou tal como é vista, já não consegue cativar as pessoas. A ilusão de Abril está-se a esfumar e a esperança tende a desvanecer-se. É preciso arrepiar caminho. Em Portugal, nem os referendos cativam as pessoas e sempre que há um acto eleitoral no qual a grande maioria se abstém, todos (vencedores e vencidos) se alarmam mas depois, na prática, pouco ou nada fazem para inverter esta tendência. Os partidos políticos precisam de uma refundação no seu modus operandi. Vejamos o caso de Lisboa. Negrão não teve a máquina do PSD atrás de si, não tanto por culpa da máquina mas talvez mais por causa do líder que convenhamos não ter sido o candidato mais empolgante do ponto de vista da campanha autárquica. Esteve mal o PSD mas o que dizer do recurso do PS a militantes de Cabeceiras de Basto para o comício de vitória sem que as próprias pessoas envolvidas soubessem bem ao que vinham?! Antigamente as vitórias eram sentidas e vividas num clima de festa onde quem ganhava não precisava de trazer ninguém de fora para encher fosse o que fosse. Mas isto é preocupante e elucidativo de que as pessoas já nem quando ganham aparecem...
O grande derrotado:
Estas eleições foram provocadas pelo PSD e o Partido pagou cara essa factura. Foi um resultado humilhante mas, sinceramente, foi um processo muito mal gerido.
Marques Mendes, infelizmente, não conseguiu gerir bem este processo. Primeiro imiscuiu-se muito a principio confundindo-se reuniões do PSD na Câmara e da Câmara na Sede. Depois o critério escolhido e o timing utilizado que não foram seguramente os melhores.
Muitos hoje poderão dizer: Custou tanto ganhá-la e foi tão rápida como se perdeu... Muitos dirão mesmo que não havia necessidade nenhuma de eleições e a prova está na votação na lista de Carmona e Gabriela Seara.
E perdeu-se esta Câmara por responsabilidade directa do nosso líder que fez o que tinha a fazer ao convocar eleições directas.
Agora é tempo de preparar uma nova era. Para além do já assumido Mendes, muitos são os potenciais candidatos. Desde Sarmento, Ferreira Leite, Rio, Aguiar Branco, Borges, Rebelo Sousa, Menezes, entre outros, muitos são aqueles que podem vir a ser candidatos, mas estou em crer que para o PSD voltar a acender a chama... mais do que pessoas, precisa de encontrar um projecto que verdadeiramente mobilize os portugueses e as portuguesas e assim, em 2009, voltar a ser merecedor da sua confiança.
Vamos ver o que nos reservam os próximos dias. Talvez o Conselho Nacional de dia 21 levante já um pouco do véu do que será este verão nas hostes laranjas...
Estas eleições foram provocadas pelo PSD e o Partido pagou cara essa factura. Foi um resultado humilhante mas, sinceramente, foi um processo muito mal gerido.
Marques Mendes, infelizmente, não conseguiu gerir bem este processo. Primeiro imiscuiu-se muito a principio confundindo-se reuniões do PSD na Câmara e da Câmara na Sede. Depois o critério escolhido e o timing utilizado que não foram seguramente os melhores.
Muitos hoje poderão dizer: Custou tanto ganhá-la e foi tão rápida como se perdeu... Muitos dirão mesmo que não havia necessidade nenhuma de eleições e a prova está na votação na lista de Carmona e Gabriela Seara.
E perdeu-se esta Câmara por responsabilidade directa do nosso líder que fez o que tinha a fazer ao convocar eleições directas.
Agora é tempo de preparar uma nova era. Para além do já assumido Mendes, muitos são os potenciais candidatos. Desde Sarmento, Ferreira Leite, Rio, Aguiar Branco, Borges, Rebelo Sousa, Menezes, entre outros, muitos são aqueles que podem vir a ser candidatos, mas estou em crer que para o PSD voltar a acender a chama... mais do que pessoas, precisa de encontrar um projecto que verdadeiramente mobilize os portugueses e as portuguesas e assim, em 2009, voltar a ser merecedor da sua confiança.
Vamos ver o que nos reservam os próximos dias. Talvez o Conselho Nacional de dia 21 levante já um pouco do véu do que será este verão nas hostes laranjas...
2 comentários:
puto muda de partido. o partido da abstenção abraço carloto
O pior é que o P.A. (conhecido no meio como o Partido da Abstenção) começa a ter cada vez mais adeptos o que é extremamente preocupante.
Todos devemos ter uma participação activa, o que está mal na concepção do nosso sistema democrático é esta participação activa ser só posta em prática através do voto. Apesar do poder do voto ser o mais importantes num regime democrático, o certo é que temos que encontrar novas soluções para que as pessoas não "desliguem completamente a ficha" e possam confiar em quem lidera as várias instituições....
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