segunda-feira, agosto 07, 2006

Ainda o Bodo...

Ainda não tinha abordado as nossas tradicionais e seculares Festas do Bodo. Uma verdade é inegável; o Bodo já não é o que era. Por um lado, ainda bem que assim é, porque é sinónimo que vamos evoluindo. Por outro lado, há sempre alguma nostalgia de tempos vividos e que não se repetem... Mas o Bodo continua a ser um palco privilegiado de encontros ( e desencontros) de pessoas que não vemos há tanto tempo mas que (quase) sempre marcam presença nesta altura. Este ano o Bodo teve algumas peculiariedades. Uma delas foi, indubitavelmente, a entronização da Confraria do Bodo, à qual assisti com bastante atenção e curiosidade. É um grupo sui generis no concelho que recolhe diversas sensibilidades que serão bem-vindas se destinadas ao seu propósito inicial.
Este ano, as celebrações ficaram largamente engrandecidas com a presença do Presidente da República. Pombal continua a ser palco de passagem obrigatória dos mais altos representantes da nação. E foi uma visita extremamente interessante. O Professor, no seu discurso, fez mais uma vez o apelo ao dinamismo, ao empreendedorismo e à inovação, alertando para as novas exigências e responsabilidasdes com que os autarcas se irão deparar e lançando um recado a todos os presentes para que não baixem os braços e não desistam de.... Portugal.
Outro evento que se consolidou nestas Festas foi a Corrido do Bodo que, a par da já reconhecida prova maratonista, conta com a participação de centenas de pessoas que assim se associam ao evento. Este ano, houve um cariz especial de solidariedade que deve ser realçado, dado que com esta corrida se promoveu mais uma importante ajuda para a construção de um lar da CERCIPOM.
Aproveitando a deixa da visita do mais alto magistrado da nação e de acordo com o site da Presidência da República (ver aqui), Cavaco Silva promulgou hoje a Lei da Paridade depois de, há poucos meses atrás, a ter vetado. Esta Lei, desde logo, está errada nos pressupostos e, apesar de também eu achar que existe um défice de participação feminina na vida pública activa, creio que este não será o modo indicado para valorizar essa mesma participação... mas a ver vamos o que o futuro nos dirá...

4 comentários:

Tino_de_Rans disse...

Concordo com a última parte do teu post, as pessoas devem ser escolhidas pelo mérito, e não porque a lei assim o obriga.

JSD disse...

Pois claro... já há quem questione porque não haver também cotas em relação a outros factores como a idade por exemplo...ou a naturalidade, nomeadamente para cargos governamentais onde o o grosso dos "eleitos" são proveninentes das grandes metrópoles...

Tino_de_Rans disse...

Breve temos cotas para homossexuais, para negros, para deficientes, etc que é para não descriminar ninguém...

Anónimo disse...

Abaixo a discriminação em função do género ou outros critérios! Há que reconhecer o mérito e capacidades de cada um, homem ou mulher. Nós mulheres não queremos ser favorecidas, mas RECONHECIDAS, se for caso disso...