Parlamento Europeu chumba orçamento

Não está fácil a nossa vida na Europa. Primeiro é díficil haver um atendimento a 25. Quando se consegue um entendimento que ninguém considera bom mas que a maioria diz ser satisfatório, eis que o mesmo, no caso concreto relativo às perspectivas financeiras, não obteve a aprovação do Parlamento. Assim, aparecem os deputados europeus a queixarem-se de falta de solidariedade institucional, uma vez que não foram ouvidos na feitura deste documento. Dizem os mesmos, pela voz do do Presidente do PE, Josep BORRELL, "o acordo no seio do Conselho não significa o fim do processo. Esse acordo marca o início da última fase de negociações com o Parlamento Europeu e com a Comissão". Como mencionado pelos deputados na resolução, o facto de o Conselho Europeu ter alcançado uma posição permite agora a abertura de negociações com o Parlamento sobre as próximas Perspectivas Financeiras. E avisam, desde já, que vão desempenhar "plenamente" o seu papel na definição das políticas, da sua reforma e do Orçamento da UE. Aí está o Parlamento a reivindicar uma posição de maior destaque à escala europeia considerando-se peça fundamental na organziação política da UE.
O Parlamento Europeu rejeitou hoje - 541 votos a favor da rejeição, 56 contra e 76 abstenções - o acordo sobre as Perspectivas Financeiras "na sua actual forma, porque a mesma não garante um orçamento europeu promotor da prosperidade, da competitividade, da solidariedade, da coesão e da segurança no futuro". Os deputados criticam que os 862 mil milhões de euros negociados no Conselho Europeu de Dezembro fiquem muito aquém dos 975 mil milhões propostos pelo Parlamento em Junho.