Presidenciais 2006

Aí está mais um acto eleitoral. É já no próximo domingo que a população portuguesa é chamada às urnas para escolher o mais alto magistrado da Nação. Nesta campanha muitas questões têm sido levantadas. Algumas, quanto a mim, merecem especial atenção.

A primeira, desde logo, prende-se com o nosso sistema político e, deste modo, com os poderes presidenciais. Todos discutem qual o poder que tem o nosso Presidente da República e o mais interessante é ver os próprios candidatos e seus apoiantes "inventarem" formas de exercício do cargo (desde as convergências de inlfluências às magistraturas de acção). Julgo que seria importante ver discutida esta questão de uma forma séria, uma vez que o nosso sistema não é perfeito e quiçá não seria uma forma de revitalização do nosso sistema político rever a nossa actual organização política...

A segunda questão prende-se com o modus faciendi da campanha e com a importância que têm os media nestas eleições. Não é preciso acompanhar de perto para verificarmos que esta campanha não é igual às outras que a antecederam (mesmo falando só de presidenciais). Desde os carros de som, as sedes de campanha, os tradicionais brindes (canetas, porta-chaves, réguas...), às iniciativas de campanha... o certo é que esta é uma campanha muito mais sóbria onde as candidaturas vêem nos meios de comunicação social o instrumento indicado para passarem as suas mensagens. Será que estamos a assistir a um modo diferente de fazer campanha ou será simplesmente o circunstacionalismo da realização destas eleições a ditar estas regras?!